A CAMINHO DO CRESCIMENTO PESSOAL
“O importante não é o que fizemos de nós, mas o que faremos com aquilo que fizeram de nós”.
(Jean Paul Sartre)


Segundo Cláudia Jacinto, psicóloga argentina cujo trabalho está voltado a ajudar jovens a realizarem-se na vida pessoal, na sociedade e no trabalho, quando o ser humano chega à adolescência, ele se confronta com duas grandes tarefas:
1.      Plasmar, ou seja, definir a sua identidade;
2.     Construir o seu Projeto de Vida.
A realização dessas tarefas, não é como veremos, alguma coisa simples e fácil. Ao contrário, é um caminho cheio de desafios ao fim do qual o adolescente termina sua transição entre a infância e a idade adulta.
O primeiro passo nessa caminhada é a busca de identidade. “Cada um”, disse, certa vez, Caetano Veloso, “sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Mas como saber se a pessoa não se conhece, não sabe seus pontos fortes e fracos, seus sonhos e frustrações, dos seus afetos e desafetos, dos encontros e desencontros que marcaram a sua vida. O jovem precisa conhecer-se. Não para ter pena de si mesmo pelas perdas e danos que marcaram alguns momentos de sua vida. Não para vangloriar-se de seus êxitos e julgar-se acima dos demais. O jovem precisa conhecer-se para saber o que fazer para superar ou compensar seus pontos fracos (limitações) e incrementar seus pontos fortes, seu verdadeiro potencial humano, sua força empreendedora e sua capacidade criativa.
Ter identidade é você saber quem é você. É você compreender-se e aceitar-se como é, para, então procurar ir transformando-se naquilo que deseja ser.
Só uma pessoa que se conhece bem pode aceitar-se de uma maneira plena. Por isso, uma identidade positiva é a base da autoestima. Ter identidade positiva é não ficar pensando no que você não tem, no que você não sabe. Mas, sim, pensar e valorizar aquilo que você tem, aquilo que você sabe, aquilo de que você é capaz.
Ter autoestima é ter, como diziam os antigos, amor próprio. Ter autoestima é gostar de si mesmo, é querer buscar seu próprio bem. É saber cuidar-se, é saber preservar-se daquelas ações e daqueles pensamentos que afetam, negativamente, a sua saúde e desviam sua vida da realização plena do seu potencial como ser humano, como estudante, como trabalhador e como cidadão.
O autoconceito é a ideia que uma pessoa faz de si mesma. Quem não tem uma boa ideia acerca de si mesmo não é capaz de julgar-se merecedor daquilo que a vida tem de melhor. Quem não se julga merecedor daquilo que a vida tem de melhor, não vai, de maneira alguma procurar ver o lado bom das coisas, nos acontecimentos e nas pessoas. E quem não fizer isso vai ficar prisioneiro do negativismo e, por isso mesmo, não vai ser capaz de dar o melhor de si nem de receber o melhor dos outros.
O autoconceito é a base da autoconfiança. A pessoa que não confia em si mesma não será capaz de confiar nos outro, pois verá sempre em cada ser humano uma ameaça.

Trecho do Livro: Educação e Vida: um guia para adolescentes
Antonio Carlos Gomes da Costa & Alfredo Carlos Piment
 
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